O valor arrecadado através de impostos com a venda de cigarros no Brasil, cobre apenas 23% do que é gasto com despesas médicas e perda de produtividade no País, anualmente. São R$ 44,9 bilhões de saldo negativo, além das vidas que cessam por conta do mau hábito, que somaram 256,2 mil, em 2015. O estudo Tabagismo no Brasil: Morte, Doença e Política de Preços e Esforços’, foi publicado, no último mês, pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão subordinado ao Ministério da Saúde, como forma de alerta para os fatores negativos atrelados ao tabagismo, um dos principais causadores de diversos tipos de câncer no mundo, em especial, os do aparelho respiratório.

Conforme o estudo, a cada ano são gastos quase R$ 57 bilhões com despesas médicas e a perda de produtividade no País, enquanto que o arrecadado com a venda de cigarros chega a R$13 bilhões. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a enfermidade relacionada ao tabagismo que mais gerou gastos aos sistemas público e privado de saúde em 2015, com R$ 16 bilhões. Doenças cardíacas vêm em segundo lugar, com custo de R$ 10,3 bilhões. Também entraram no levantamento o tabagismo passivo; cânceres diversos, entre os quais o de pulmão; acidente vascular cerebral (AVC) e pneumonia.

Em 2015, morreram no país 256.216 pessoas por causas relacionadas ao tabaco, o que representa 12,6% dos óbitos de pessoas com mais de 35 anos. O estudo informa ainda que, desse total, 35 mil foram vítimas de doenças cardíacas e 31 mil de DPOC. O câncer de pulmão é o quarto motivo de morte relacionado ao tabagismo, com 23.762 casos. O fumo passivo foi a causa de morte de 17.972 pessoas.

*Com informações do INCA