A Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc) participou, na manhã desta terça-feira, 29, de uma série de atividades desenvolvidas em parceria com a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado desde 1986, em todo território brasileiro. A programação recreativa e educativa ocorreu na Escola Municipal Elvira Borges, na rua Vinte e Três de Dezembro, Compensa, zona Oeste de Manaus, com a participação de pelo menos 170 pessoas, entre alunos e professores.
Segundo a última pesquisa Vigitel (por inquérito telefônico), encomendada em 2016, pelo ministério da Saúde, Manaus figura em 23° colocação, entre as 26 capitais mais o Distrito Federal, em percentual de fumantes adultos, com 5,6% da população com mais de 18 anos, consumindo tabaco. O número ainda preocupa especialistas.
A criação da data teve como principal objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Além das doenças cardiovasculares, o cigarro também está associado diretamente a diversos tipos de câncer, como o de pulmão, traqueia, boca, estômago e bexiga. Depois do envelhecimento, ele é o principal fator de risco isolado para as neoplasias malignas.
De acordo com a projeção mais recente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão subordinado ao Ministério da Saúde (MS), os cânceres de traqueia, brônquio, pulmão, estômago, cavidade oral, laringe, bexiga e esôfago, devem registrar, juntos, 980 casos no Amazonas, em 2017, quase 19% de todos os diagnósticos de neoplasias malignas previstos para o Estado.
O dia Nacional de Combate ao Fumo foi criado há 31 anos (1986), através da Lei Federal 7.488, que inaugurou a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva. Segundo a diretora de captação de recursos da ONG e chefe do Dep. De Prevenção e Controle do Câncer da FCecon, enfermeira oncológica Marília Muniz, o tema trabalhado neste ano, conforme orientação do Inca, é bem objetivo: ‘Cigarro Mata’. De acordo com a coordenadora, abordagens como essa, em escolas públicas, têm se tornado cada vez mais frequentes, já que o tabagismo atrai não só adultos mas, principalmente, jovens. Por isso, a conscientização deve ocorrer da forma mais precoce possível.
“O cigarro mata, anualmente, cerca de cinco milhões de pessoas. Precisamos criar agentes multiplicadores, que levem para dentro de casa, a informação sobre os malefícios do cigarro, que geram custos altíssimos à saúde, inclusive, superiores ao faturamento das empresas que comercializam o tabaco”, relatou. Na ocasião da atividade na escola municipal, em Manaus, o coordenador do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, cardiologista Aristóteles Alencar, palestrou aos alunos, abordando os principais pontos negativos associados ao hábito tabágico. Ao final, houve premiação dos alunos que se destacaram nas atividades esportivas, distribuição de camisetas e squeezes. Também participarão da ação, voluntários da Rede Feminina de Combate ao Câncer.
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